Queria chamar a atenção para o começo da matéria de capa dessa semana. Preste atenção na linguagem intrincada, cheia de adjetivos e caraterizações simples, sem personagens, sem fatos, uma estranha pensata... "estapafúrdia"..."oriunda do baú dos ideólogos da esquerda marxista", "visão obtusa e esquemática", "retrocesso na marcha para o socialismo" (onde tem uma marcha para o socialismo...). É engraçado como quanto menos fato, menos informação, mais viagem, a linguagem responde imediatamente, se tornando cada vez mais delirante.
Eu não li a matéria...mas a capa é divertida...quem mais faz propaganda da questão do terceiro mandato é a direita, que hoje tem muito pouco mais o que fazer...Sobre o tema já postei abaixo...(o autor desse blog, as 3 pessoas a que interessar possa, é contra terceiro mandato e mudanças institucionais que beneficiem os próprios ocupantes da cadaeira).
Aliás, vamos fingir aqui que a revista não defendeu um segundo mandato para FHC...mudança para lá de casuísta, tentação messiânica de impedir de qualquer jeito que Lula chegasse ao poder...
ahahaha Acabo de lembrar da resenha do Mario Sabino, dizendo que o livro de FHC seria uma obra fundamental na história do Brasil...Que livro? :)
A tentação messiânica do continuísmo
Por Marcelo Carneiro e Otávio Cabral
É uma idéia estapafúrdia que, volta e meia, reaparece no noticiário político, oriunda do baú dos ideólogos da esquerda marxista e dos parlamentares fisiologistas de qualquer espectro – a de mudar a Constituição brasileira e permitir que o presidente Lula possa concorrer a um terceiro mandato em 2010. Na visão obtusa e esquemática dos ideólogos, a justificativa é que a chegada de um ex-operário ao Planalto representaria o "fim da história", com o povo instalado no poder, e, então, para que fazer eleições? É Lula lá até quando a biologia permitir... Nessa visão, a saída de Lula significaria, assim, um retrocesso na marcha para o socialismo, sendo o terceiro mandato apenas uma etapa para, se tudo der certo, a manutenção vitalícia do companheiro na Presidência da República Popular do Brasil.
Agora, leia a coluna de Diogo Mainardi...olha a delicadeza:
É Créu neles! É Créu nelas!
Dilma Rousseff encolheu. Sua candidatura presidencial durou menos de duas semanas. Foi logo ceifada pelo bando de José Dirceu. Ou pelo bando de Marta Suplicy. Ou por seu próprio bando. Eu, que defendia ardorosamente a candidatura da princesinha do Créu, terei de escolher outro nome do PT. Qualquer um é pior do que ela. Qualquer um tem mais chance de ser eleito.
Fala-se muito sobre a popularidade de Lula. É espantoso que o eleitorado ainda o apóie desse jeito. (grifo meu, morrendo de rir) Mas ninguém contabiliza o ganho que isso pode representar para o futuro. Para proteger a imagem de Lula, todas as maiores figuras do PT foram sacrificadas. E as menores também. Dou um conselho aos mais aflitos: pendurem na parede uma fotografia do primeiro ministério lulista, de 2003. A mortalidade entre seus membros foi maior do que a do politburo de Stalin. A velha-guarda petista sumiu do cenário político. Agora só pode agir às escondidas, nos bastidores. De José Dirceu a Humberto Costa, de Luiz Gushiken a Miguel Rossetto, de Antonio Palocci a – qual era o nome dele? – José Fritsch.
Lula é o Ricardo III de Garanhuns. Só falta a corcunda. E o pé manco.
Lula é Stalin e Ricardo III....de Garanhuns...uau...Os ex-ministros de Lula foram executados? Nossa...O Mainardi é aquele que trabalha no "Saia Justa", não? Nem o Lucas Mendes leva esse cara a sério (pode notar no rosto do pessoal de Nova York :)