quinta-feira, março 29, 2007
Um pouco de música
Mas chega de escrever que papo de sambista é samba. O link da rádio:
http://www.4shared.com/file/13028053/f7b24606/coqueiro_velho_2.html
terça-feira, março 27, 2007
VQP - O índice "Marquinhos"
Este é o tom da Carta ao leitor desta semana. Óbvio que por um lado ela beira o ridículo caipira, com seu “índice Starbucks”.
“Imaginemos agora um Índice Starbucks. Seria um indicador baseado no desempenho das cafeterias da rede americana instalada em quase quarenta países e serviria para medir a capacidade empreendedora de cada uma dessas nações, bem como o potencial de consumo de suas populações. Aonde se quer chegar? A uma informação publicada na seção Holofote desta edição. No espaço de uma simples nota, há uma notícia que esclarece muito sobre o estado atual da economia brasileira: as duas primeiras lojas da Starbucks abertas no país em dezembro, ambas em São Paulo, já ocupam o topo do ranking de atendimento a clientes das cafeterias da rede mundial.”
Olha, só dá para entender isto como besteirol intencional, para este e outros caírem de patinho e a revista gerar comentário. Eles estão falando sério? Quando saiu aquela matéria imensa, de capa, sobre a chegada da Starbucks no Brasil, muita gente no meio disse: “não pode ser, isto é jabá”. Mas eles são tão marquinhos que não sei...Eles acham que duas lojas novidadeiras na região sudoeste de São Paulo simbolizam qualquer coisa? Nossa...
“Não poderia existir momento mais propício para que Brasília desse um empurrão pondo para andar as reformas tributária, previdenciária e trabalhista e, assim, arrancar os grilhões que ainda aprisionam a economia. Isso ajudaria a levar o Índice Starbucks a todo o parque produtivo brasileiro com as previsíveis e extraordinárias conseqüências para a paz social e a elevação do padrão de vida de todos os brasileiros.”
Olhe. Existem mudanças tributárias (mais), previdenciárias (algumas) e trabalhistas (menos) que provavelmente seriam interessantes. Simplificar a tributação e cobrar no destino, não na origem do produto seria justo, mas isso sempre é barrado por São Paulo. Aprovar idade mínima de aposentadoria de 65 anos para a maioria das carreiras com nível superior e em alguns setores do funcionalismo público, por exemplo, poderia ser uma idéia aceitável, mas os neoliberais feitores que defendem a reforma querem descê-la sobre o lombo dos mais pobres...O problema no “rumo certo” que se quer com estas reformas sem se pronunciar é regredir os custos e condições da mão-de-obra brasileira aos níveis da indiana e chinesa. É o tipo de projeto de país que grande parte da nossa elite (lógico, há exceções) está viciada em pensar. Ela não quer, nem acredita, no desenvolvimento em parceria, e para, melhorar a vida da maior parte da população. Dureza...
VQP - 3 artigos sobre insegurança
VQP - Briga grande em notinha
“Curioso
A Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) quer proibir no Cade uma promoção conjunta da TVA e da Telefônica que oferece um pacote de TV por assinatura e banda larga por preços reduzidos. No caso, é curioso que a associação se volte contra um associado, considerando que é exatamente isso que outro associado, a NET, vem fazendo com outra tele, a Embratel, há muito tempo. Com todo o apoio da entidade.”
A nota está correta. Só falta informar que a TVA é uma empresa em processo de venda, da Abril para a Telefônica. E que esta venda é estratégica para o grupo Abril saldar suas dívidas. E que a briga em torno da convergência da internet+telefonia+tv por assinatura que coloca de um lado do ringue a Abril+TVA+Telefônica(Speedy e Terra) e do outro a Globo+NET (Virtua)+Embratel+Sky e Direct TV (News Corp) é a mais importante briga do setor de comunicações do país...Ao menos na matéria “calhau” sobre o Canal Fiz que será lançado pela Abril, Veja informa que é do mesmo grupo que a publica.
VQP - Sonegando informação...
A matéria de capa da Veja é boa, noves fora fazer baião de dois para a instalação da CPI do Apagão Aéreo, o que é do jogo e do direito. Ela só tem um porém, que é um grande porém. Por que fingir que o problema da infraero e da falta de investimentos em infra-estrutura portuária é apenas de corrupção e má gestão, e esconder que o governo contingência recursos bilionários arrecadados de taxas cobradas dos consumidores, para fazer superávit primário? Ou seja, que o próprio setor gerou receita, que deveria resolver seus problemas, mas que esta foi desviada para pagar juros? Por que na matéria “A infraero não informa” a Veja não informa isso...
Sonegar informação para defender de forma exagerada seu fanatismo neoliberal também ocorre na matéria “Maior, mas do mesmo tamanho” sobre o PIB brasileiro. Último parágrafo da matéria:
“Os novos cálculos deixaram o Brasil ligeiramente melhor na fotografia internacional. Mas nem por isso desapareceram as travas que emperram o desenvolvimento. Ou, pior, como temem alguns analistas, o governo pode se inebriar com o seu "quase pibão" e enterrar de vez as reformas sem as quais não haverá como o país entrar em rota de crescimento duradouro. O "novo PIB" dá a dimensão do drama: a gastança pública foi maior do que se imaginava. Já a poupança e os investimentos ficaram menores. (grifo meu) E aí não há milagre estatístico: sem poupança e sem investimentos, o "pibinho" nunca será "pibão".”