segunda-feira, maio 05, 2008
Apenas 41 anos atrás, havia leis contra casamentos inter-racias nos EUA
Quando as pessoas exageram no samba-exaltação dos Estados Unidos, é bom lembrar que uma geração atrás ainda havia esse tipo de lei aberrante no país. Também é bom para refletir que embora tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil existe racismo, ele se manifesta de maneiras e com conseqüências diferentes. O Brasil tem uma miscigenação e uma interação entre as raças que não se compara aos norte-americanos. Em compensação hoje nos Estados Unidos os programas de ação afirmativa e a riqueza geral da própria sociedade perimitu que as condições médias de vida dos negros de lá sejam bem melhores, assim como a ascenção de uma classe média e uma classe alta negras.
Mais sobre Mildred Loving (em inglês) no link abaixo:
http://news.yahoo.com/s/ap/20080505/ap_on_re_us/obit_loving
Marcha da maconha
Até porque a marcha é o último lugar que alguém iria consumir drogas.
Isso é meio pessoa, mas enquanto certa esquerda cai para o politicamente correto, esse filho bastardo do puritanismo, fico feliz que uma pessoa como Renato Cinco, que conheço faz tempo, siga persistente em um tema que a esquerda adora subestimar (quando não tem posições iguais aos conservadores sobre o assunto)...
"Velhinhos" indo da direita para a esquerda
A Folha de S. Paulo de hoje traz dois bons artigos na direção contrária. Duas pessoas que não são exatamente (eufemismo) de esquerda, nem são jovens: Bresser Pereira e Gilberto Dupas, escrevem interessantes artigos à esquerda.
Dupas reclama do fim das utopias, quase lamentando as reformas em Cuba e a China capitalista. Bresser Pereira escreve um interessante artigo desancando as elites latino-americanas que condenam de forma simplista polítocs como Fernando Lugo, Evo Morales e Chavez. O de Bresser Pereira é ótimo porque para entender esse tipo de político, ele analisa o tipo de sociedade, elite e oposição que há nesses países. E aponta o dedo de como é uma vergonha que setores no Brasil (vulgo Veja style) "comprem" as bandeiras políticas das retrógradas elites locais.
PS: A proposta de um "Plano Marshall" do Brasil para o Paraguai, envolvendo principalmente o BNDES, mas também a Embrapa e a extensão para o país das culturas de soja e etanol de cana-de-açucar, mais a Petrobras e outras entidades brasileiras, inclusive inicativa privada, mostra como o repertório de ações de integração pode ser muito, mas muito mais rico do que a mentalidade "querm nos tungar" ou "sempre cedemos" de um Guzzo que escreveu na Exame. Esse pessoal é muito tosco e ainda bem que estão mais longe do que nunca do comando e da linha do Itamaraty.
LUIZ CARLOS BRESSER-PEREIRA Governar países pobres
A ELEIÇÃO no Paraguai de um candidato de esquerda e nacionalista, Fernando Lugo, é ao mesmo tempo um sinal de avanço da democracia e mais uma indicação do aumento da distância entre as massas e as elites. Entretanto, apesar do aumento da fratura política entre pobres e ricos, estes continuam poderosos, com freqüência aliados a interesses externos, e a probabilidade de os novos governantes lograrem êxito na promoção do desenvolvimento econômico com eqüidade é pequena. LUIZ CARLOS BRESSER-PEREIRA , 73, professor emérito da Fundação Getulio Vargas, ex-ministro da Fazenda (governo Sarney), da Administração e Reforma do Estado (primeiro governo FHC) e da Ciência e Tecnologia (segundo governo FHC), é autor de "Macroeconomia da Estagnação: Crítica da Ortodoxia Convencional no Brasil pós-1994". Internet: www.bresserpereira.org.br lcbresser@uol.com.br |