Faz uns dois meses, vi show de Paulinho da Viola no Sesc Pinheiros, no qual apresentou duas músicas novas. Sambas românticos, que cantam aquela dor-de-cotovelo lírica tão própria do autor de "Guardei minha viola". Desde então fiquei pensando que "da Viola" é muito bem casado faz décadas, e continua escrevendo estas letras de dor de amor. A mulher dele não tem ciúme de tanta inspiração, não? Ele fala o que, que é ela a musa das suas canções? "Não vem com essa, Paulo. Eu só te trato bem, estou sempre presente, companheira, mãe dos teus filhos, e você só fala em desilusão, desilusão, dança da solidão? Ainda vem com este papinho que compôs esta cheia de saudade pensando em mim? Confessa, para quem é esta daí hein? Para aquela Neusinha do teu passado que você diz que esqueceu?" Fico só imaginando.
PS: Uma das maiores alegrias da minha curta carreira de jornalista foi ter recebido um telefonema em um bar de hotel, de Paulinho da Viola avisando que não poderia vir e pedindo para marcar a entrevista para o dia seguinte. É muito legal atender o telefone e ouvir "Oi, aqui é o Paulinho da Viola", como se dizer seu nome, com aquela voz bela e calma, não fosse um pleonasmo do conteúdo perante a forma.
domingo, abril 24, 2005
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