domingo, abril 10, 2005

DICAS DE LEITURA

- Pedro Alexandre Sanches é um dos raros jornalistas de cultura que a articula com um projeto e seu papel (causa&conseqüência) social, dentro de um mercado e este de uma sociedade, ao invés de pensar os lançamentos como produtos fechados e isolados de "bom" ou "mau" gosto, apenas para serem consumidos. Isso, mais o gosto pela reportagem e texto o diferenciam bastante. Reportagem sua na Carta Capital desta semana: TROPICÁLIA GIRATÓRIA

- Mário Sérgio Conti em excelente matéria sobre o Principado de Mônaco, e como o glamour esconde lavagem de dinheiro. Uma citação excelente dela: "E porque o capitalismo, estruturalmente, precisa de válvulas de escape, de paraísos fiscais."

Rainier: príncipe do paraíso

- Matéria do New York Times, traduzida na UOL, mostra como o modelo Microsoft de desenvolvimento de software, empurrando novos "produtos" e associados à eles mais "produtos", está velho e obsoleto, comparado aos conceitos de software livre e este setor como prestador de serviço, não vendedor de produtos. Por Randall Stross: Próxima versão do Windows valerá a espera?Fiz uma matéria faz pouco tempo sobre adoção de software livre no setor público para a revista da Fundap (quando estiver no ar, coloco o link aqui...). Algumas pessoas acharam que a matéria pendeu demais para o software livre. Mas: 1) A Microsoft simplesmente ignorou as perguntas encaminhadas à sua assessoria. 2) Na apuração, de fato não achei desvantagens, mas gente que com Windows de graça disse que havia redução de custos com a migração para Linux.



- Eu não concordo em nada com Maílson da Nóbrega, representante do pior conservadorismo financeiro e político. Posto isso, acho interessante ler sua análise, porque burro ele não é, tanto na escolha da pauta quanto na defesa do seu ponto-de-vista, que é o do capital financeiro para quem sua consultoria (Tendências) trabalha. É inteligente, inclusive ao fazer neste texto o senão, e depois fugir da discussão, sobre a sustentabilidade ambiental do modelo neoliberal que defende e ao não apontar a crescente desigualdade no acesso aos bens e serviços, exploração do trabalho, incapacidade (mais desinteresse) de lidar com problemas como as epidemias de AIDS e malária e estímulo à conflitos bélicos, entre outras questões, geradas por este mesmo modelo.

Era o papa anticapitalista?

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