domingo, abril 10, 2005

HERÓI E A TODA PODEROSA CHINA

Herói é um filme impressionante. A mitologia (o filme é uma narrativa de "formação nacional"), a composição visual perfeita, o jogo de cores e versões, as construções de cenas com milhares de figurantes (e efeitos especiais), os personagens sobre-humanos. E o contexto político de forma e conteúdo, por trás de tudo isso, parecem repetir a todo o tempo: "A China vai dominar o mundo, a China vai dominar o mundo". A metáfora pró governo comunista "imperial" e centralizado, pró seu planejamento silencioso e paciente, pró unidade e superioridade chinesa, pró coletivo acima do individual é tão bem feita que faz do filme ao mesmo tempo grande arte e propaganda. Em muitos campos os chineses começam a rivalizar com os norte-americanos. O fato de Herói ter ficado duas semanas em primeiro lugar na bilheteria dos EUA mostra que no cinema eles também começam a chegar lá. Mais sobre os filmes de Zhang Yimou (não vi ainda o "Clã das adagas voadoras") na sempre ótima coluna de Ricardo Calil no nominimo O grande circo chinês no cinema. Mais sobre outro tentáculo do poder chinês no Estado de S. Paulo de hoje, com o pedido de entrada do país no Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID) em Dilema no BID: ter China como sócia. As matérias fechadas para assinantes podem ser pedidas para envio no e-mail chrispiniano@yahoo.com.br

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