Marcelo Marthe assina o ataque de Veja a proposta de uma rede de TV federal, que ainda não sabemos se será estatal e pública. A mídia grande brasileira é engraçada: ela crê que a diversidade de fontes de informação faz mal para a liberdade de imprensa...Bom mesmo é o monopólio de meia dúzia de famílias...Marthe recria entre aspas os “princípios da democracia”, do próprio punho: “O governo faz, a imprensa avalia e o público julga.” Como assim, só a imprensa avalia? E quem avalia a imprensa? Vale aqui citar o final da coluna de hoje do Ombudsman da Folha de S. Paulo, Marcelo Beraba:
“Chega de estatísticas. O ponto é que, na minha opinião, as empresas jornalísticas erram ao represar uma discussão que cresce a cada dia e será incontrolável. Ao não atentarem para a importância do debate que as envolvem perdem confiança e credibilidade. O melhor a fazer é enfrentar a discussão e os questionamentos com profissionalismo e honestidade, informando, expondo claramente as suas posições sobre cada um dos temas e abrindo igual espaço para as dezenas de outras posições que convivem na sociedade e estão insatisfeitas com o modelo atual. Enquanto a discussão não for ampla, ficará sempre polarizada entre empresas e governos, e sempre tenderá à irracionalidade. A garantia do espaço para a discussão é uma das responsabilidades do jornalismo.”
O link para a coluna completa está aqui: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ombudsma/om1803200701.htm
E a definição de que o debate entre imprensa e governo sobre a comunicação é “irracional” é perfeita. As mídia brasileira, é formada de empresas familiares rançosas e ultrapassadas, cada diz mais para trás do resto da sociedade brasileira em termos de diversidade de opiniões, e cada vez mais fechadas entre si e dentro delas, na defesa de uma opinião monocórdia, principalmente em torno dos seus interesses financeiros.
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